DE VOLTA, COM O HEXA


Inicio o post de hoje pedindo desculpas aos meus queridos leitores por ter estado tão ausente, praticamente sem postar nada nos tempos mais recentes. A vida, por vezes, atravessa períodos mais conturbados, difíceis, amargurados e, em razão disso, não é raro perdermos a motivação de nos esforçarmos para continuar alguma coisa.

Mas esse é, provavelmente, o discurso dos derrotados. Não se pode parar com o que nos faz bem atribuindo o êxito do fracasso às dificuldades do dia-a-dia. É preciso que esses obstáculos sejam o tempero do cotidiano, peças de um mosaico de desafios que pedem para serem superados.

Foi assim com meu amado e indescritível Flamengo em sua trajetória no campeonato brasileiro de 2009. Com todos os problemas financeiros e de péssima gestão, um seleto grupo de jogadores e de comissão técnica, empurrados por uma inacreditável e gigantesca torcida, saiu lá de baixo da tabela, onde fazia uma campanha medíocre, e chegou ao ápice da glória do futebol brasileiro.

Meu final de semana foi de agonia, apreensão, fé e, por fim, festa, muita festa (é bem verdade que teve outros bons momentos nesse interregno). Finalmente pude entender o que é a sensação de ver o time mais amado do Brasil - e me orgulho em dizer que sou um de seus apaixonados amantes - ser campeão do maior e principal campeonato do país do futebol.

Há dezessete anos atrás, quando fui testemunha ocular do pentacampeonato rubro-negro, a pouca idade (apenas 9 anos de vida) não me permitia ter a dimensão do quão sublime é o gosto dessa vitória. Entretanto, naquele tempo eu já podia sentir o arrepio percorrendo cada centímetro do corpo quando a taça do brasileirão era levantada diante de um maracanã pintado de vermelho e preto.

Hoje o gosto é ainda melhor. Não apenas pelo título ganho, mas pelo que significa essa conquista. É a comprovaçãode que não é apenas de números e de belas estratégias formuladas por cartolas profissionais que vive um time.

O Flamengo demonstrou que nós encontramos a nossa maior força no amor, na paixão, na raça, no grito de um maracanã, de uma cidade, de um país de apaixonados torcedores rubro-negros.

Parabéns à nossa nação! Que no próximo ano as vitórias sejam ainda mais presentes em nossos dias e que - acho que não é pedir demais - possamos, também, ter uma presidência e uma direção dignas de aplausos.

Por fim, voltando ao assunto que iniciou esse texto, após a inspiração e a lição de superação do Flamengo, trago de volta à ativa esta TRIBUNA. Uma crônica de inegável inspiração rodriguiana está por vir. Espero cada um de vocês no meu próximo texto, quando lhes contarei a apimentada história protagonizada por Teobaldo, Lurdinha e Leôncio, o plantonista.

Até a próxima.
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